tão repleto
de todos os seus detalhes
beleza vitoriana, ornamentada
a apodrecer no tempo
como todo e cada um de nós
irremediável desperdício
como diário solstício
que me canso de admirar
tão recheado
de todo seu conteúdo
que a nada se refere
e sua eterna fala
sua língua inquieta
que a meus ouvidos fere
preenchendo cada espaço
da minha impaciência
que desse nem um pio
perfeita reprodução
de seu imenso vazio
interior
tão encantador
em um fator
que não concerne
a minha preferência
tão específico
tão tanto
tudo aquilo
de que não quero
de que não preciso
admito, admiro
mas unicamente
como a um monge
se te quero
te quero
somente
de longe
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