Fechei os olhos novamente, apesar de estar plenamente consciente de que o superficial detalhe das pálpebras, não me permitiria cessar a visão.
Que somos?
Somos corpos flutuantes falantes, em monólogos mudos que se dirigem aos cegos?
Somos todos manchas de algo que não somos. Somos o que podemos, o que fazemos.. O que faremos?
Me imaginei exercendo uma profissão, imaginei um eu-adulto, cansado, sorrindo, tentando não desistir. Tentando tentar. Mas o quê?
Como posso não desistir de mim?
Sou feita dessas necessidades absurdas de "coisas" das quais eu mal tinha consciência de suas existências, que são tão passageiras. Que não me cabem o uso.
Sou isso, aprisionada à necessidade desse compulsivo e impotente poder de aquisição.
Considero mais coerente afirmar de que isso seria desistir.
Seria isso eu, logo, desistir de mim seria saudável.
No entanto, nesse mundo, a única solução viável seria abandonar as amarras carnais que nos prendem à matéria. Livre de supérfluos a distrair e hipnotizar, concentrando a mente e a vontade em um objetivo real, na felicidade palpável.
Somos números, somos regras, somos ordens, notas, observações em silêncio obedecendo à sinalização. Somos estatística, somos soma, folhas aos montes, danos banais.
Somos povo, país, população.
Somos tanto de tudo, que mal à metade, se pode dar atenção.
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1 comment:
Pensei muito nisso nos ultimos tempos =X
E como descobrimos que ainda existe o nosso "transmimento de pensação", vc tirou as palavras da minha mente xDDDD
Claro que tah bom, né
Traduziu-me XDDDD
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