Thursday, November 15, 2007

Um Jogo de Você - Capítulo 1

Era um grupo peculiar, no mínimo. Não por seu mérito individual, ou por serem particularmente estranhos. Mas sim pelo simples fato de terem o costume de se encontrar.
O que tinham em comum?
Nada, e sabiam disso. Sabiam muito bem disso, mas não pareciam se importar ou perceber. Não era importante terem algo incomum. Estavam juntos, em busca da sobrevivência social e de um significado para tal. Suas vozes escoavam sem tolerar-se. Quando não estavam juntos e tinham a oportunidade de estabelecer diálogo com outra pessoa, não demoravam em bradar todos os níveis de impropérios sobre os outros. O mais insincero de todos, costumava entregar-se a longos períodos de silêncio. Nem ele mesmo era capaz de compreender por que insistia em fazer parte daquelas reuniões sem objetivo. Acreditava que era necessário ser social, mas ainda não entendia o porquê de acabar se reunindo justo com aquelas determinadas pessoas.
As outras pessoas preocupavam-se apenas com o que lhes era de certa forma pertinente: as outras pessoas! O que elas andavam fazendo, que roupa estavam usando, os lugares que freqüentavam e qual seria a melhor forma de proceder para imita-los. Não estavam nem um pouco interessados em se tornarem seres individuais. Apenas em tese, por que o modismo era declarar-se distinto, original; condenando as massas. Ignorando o fato de que eram a própria massa.
O insincero, involuntariamente desigual aos outros, costumava se questionar sobre suas ações. Por que era igual ou diferente, por que fazia isso ou aquilo, e o que o levava a permanecer entre aqueles infelizes, sem rumo algum, que eram apenas guiados por um desejo de praticamente sumir entre milhares de outros ineptos.
De tanto encontrar-se entre seus supostos amigos, entediando-se em seus enfadonhos diálogos e programações, começou um jogo íntimo.
Seu objetivo era compreender, ao menos parcialmente, a mente e as ações de pelo menos um membro do grupo. Desvendar tudo que estivesse transparente em cada um deles, analisar as informações disponíveis e descobrir a possível pessoa interessante que está oculta por trás da máscara social das pessoas. Eram sete, e não havia nada mais interessante pra fazer do que analisá-los, desvendá-los, compreendê-los. O jogo iria começar!

CONTINUA..

4 comments:

Martina Sohn Fischer said...

ouuww

essa é a história que vc me falou outro dia?

cap. 1 muito interessante!
Vc escreve bem pra caralho!

Beijo!
até amanhã, nos encontramos no meio do antro de aberrações!

x)

Martina Sohn Fischer said...

ahh, eu postei o 3!
amanhã irei postar o 4!

;)

Martina Sohn Fischer said...

postei o 4!

capítulo 2?!?!

;)

Unknown said...

oba, o q importa eh q vou ganhar o livro autigrafado (mufufu)...
ateh hj fico indignada, como uma menininha de 16 anos consegue escrever coisas assim?*-*
keekee XD vc eh foda, um dia vc vai ser famosa..hehehe.. tenho ctz!

:*