E o vento levou.
Bagunçou os cabelos, enrolou as línguas e levou as palavras.
Lábios permaneceram entreabertos, como que sufocados com a repentina ausência de palavras, como se elas tivessem sido sugadas para dentro antes mesmo de sair, alojando-se no estômago.
Palavras, cujo significado entalaram na garganta.
Palavras que talvez não tivessem feito diferença. Que talvez ecoassem, batendo nas paredes, sem o benefício de uma reação. Sem ao menos serem notadas.
Ainda assim, rasgaram entranhas adentro.
Provocaram desconforto;
desgovernada locomotiva.
Raiva, asco, descontentamento,
uma auto-repulsa destrutiva.
E em certo momento,
vomitadas por algum instrumento
em forma de arte, ganharam vida...
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1 comment:
nossa huahauahauhauah
eitaaa, claro que ficou bom, bem forte, e muito legal a contradição "o som do silêncio", acho que deu pra entender mais ou menos xD
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